sábado, 6 de fevereiro de 2010

Por que precisamos tanto de feedback?

Por Andressa Carrasqueira, formada em Relações Públicas pela UERJ
Meu caro, se você é que nem eu, e nasceu na década de 80, você provavelmente é um Y. Nascido e criado em frente ao computador, seja com um 386, um Pentium 200 com internet discada para acessar o chat da UOL e o ICQ, ou, hoje em dia, com um smartphone para twittar por aí, você sempre gostou desse lance de web e relacionamento virtual.

Tudo sempre muito rápido, tudo ao mesmo tempo, tudo ao alcance do mouse. E com a ajuda do Google, é claro.

Você, ao contrário do que o seu chefe pensa, é capaz de fazer cinco coisas ao mesmo tempo. Você pode trabalhar 30 horas seguidas para terminar uma tarefa urgente. Você acha que esse lance de horário rígido é coisa do passado. Você é comprometido com sua carreira e pensa que constituir família é uma coisa pra pensar só depois dos 30. Você está sempre em busca de resultado, de sucesso. De uma empresa que invista em você, ouça suas ideias, acompanhe seu dinamismo, sua proatividade, sua vontade de crescer...

E aí, você entra no mercado de trabalho e vê que não é bem assim. São raras as empresas que estão preparadas para essa nova geração, que hoje povoa o mercado, a tão famosa Geração Y. Falar das grandes como o Google, a Microsof, a Natura, e algumas outras que estão buscando entender estes novos profissionais é relativamente fácil. Mas existe uma imensa fatia restante de empresas que continuam com a mesma postura de 20 anos atrás.

Lendo o post da Fernanda Fabian, Procura-se pessoas comprometidas, fiquei me perguntando: e o que é que nós precisamos, de fato, para nos comprometer? Motivação? Dinheiro? Investimento? Perspectiva de Crescimento?

Sim, precisamos de isso tudo, e muito. Mas, além disso, precisamos de feedback. É na comunicação constante que está o grande pulo do gato para manter um Y ao seu lado. Nós somos dinâmicos demais, e muito inseguros também. Precisamos do trabalho reconhecido 100% do tempo. O bom e velho tapinha nas costas. E, ao contrário do que muitos pensam, aceitamos sim críticas, as construtivas.

Ah, e como queremos ser ouvidos! Um Y não tem medo de dizer para o chefe o que pensa. Se for demitido, ele arruma outro emprego rapidinho. Isso não é falta de comprometimento. É justamente o comprometimento com o resultado que faz o Y expor suas ideias. Sem medo. O problema é que, quando o Y percebe que ninguém está ouvindo o que ele tem para dizer, ou está só ouvindo, sem fazer nada quanto a isso, ele se desmotiva. E, sem nenhum receio, cai fora.

Nós precisamos de causas. Não somos de nenhuma empresa. Não temos vontade de ficar 20 anos fazendo a mesma coisa no mesmo lugar, como nossos pais. Vemos o mercado de trabalho como algo dinâmico. E estamos constantemente nos preparando para ele.

A dica que fica aqui para gestores dos Y é: fale e ouça. Muito. Sempre. E permita a execução de novas idéias. Elas serão boas para sua empresa e para você.

E você, meu querido Y, ouça mais, e aprenda. Porque um dia você vai ser o gestor de um Z, e aí, com certeza, vai lembrar do seu antigo chefe.

Fonte: Blog OCappuccino.

3 comentários:

  1. O post, me chamou a atenção pela clareza e precisão, que a Andressa fala do perfil dessa geração da qual faço parte! Muito bom!!

    Parabéns Andressa!

    Renata Arruda
    @RRenataarrudas
    rrenataarruda@hotmail.com

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  2. Oi Renata. Mt obrigado por postar o texto aqui também. Agradeço tambem sempre os comentários no blog, algo que pretendo fazer mais seguido aqui no Valor RP tb.

    Só corrigi por favor a faculdade da Andressa é UERJ, eu também postei errado e corrigi depois hehehe

    MATEUS

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  3. Parabéns pelo post, também faço parte desta geração e é exatamente assim que me sinto.

    Ju M. Olinto
    @PlataformaRP

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